Análise fundamental das moedas

Quando se trata de moedas, há sempre uma grande questão:

O que torna uma moeda mais valiosa do que outra?

Afinal de contas, a maioria das moedas não passa de entradas em papel e digitais. Então, porque é que uma tem um desempenho superior à outra?

A teoria de base é simples:

Quanto mais forte for a economia de um país, mais forte será a sua moeda.

Para medir a força (e o potencial futuro) de uma economia, os comerciantes monitorizam indicadores económicos que são lançados regularmente. Aqui estão alguns dos mais importante a quem prestar atenção:

Folhas de pagamento não-agrícolas (NFP) - apenas nos EUA

Lançamento: Primeira sexta-feira de cada mês
Estes são os principais dados sobre o crescimento do emprego nos EUA. A mais elevado do que o previsto O número do NFP assinala uma expansão económica que, normalmente impulsiona o dólar americano (USD) em relação a moedas como o EUR, GBP, JPY e CHF.

Vendas a retalho

As vendas a retalho reflectem as despesas dos consumidores, a força vital da maioria das economias modernas.

Mais despesas = mais confiança = crescimento da economia = moeda mais forte.
As vendas a retalho fracas ou em queda, por outro lado, podem sinalizar um abrandamento.

Taxa de desemprego

Este indicador mede a percentagem de pessoas desempregadas.

Aumento do desemprego = menos pessoas a ganhar e a gastar = economia mais fraca = potencial fraqueza da moeda.
O desemprego elevado também aumenta as despesas do Estado (por exemplo, com subsídios), o que coloca ainda mais pressão sobre a economia.

PIB - Produto Interno Bruto

O PIB é o quadro geral, mede o valor total dos bens e serviços produzidos por um país.

  • Aumento do PIB? A economia está a crescer. É bom para a moeda.
  • PIB em queda? Problemas económicos. Mau para a moeda.

IPC - Índice de Preços no Consumidor (Inflação)

O IPC acompanha os preços dos bens do quotidiano, sendo basicamente uma medida da inflação.

  • Aumento da inflação significa que é mais caro viver, o que pode abrandar o consumo.
  • Inflação controlada é frequentemente um bom sinal, especialmente se os salários também estiverem a aumentar.
  • Os bancos centrais podem reagir aumento das taxas, que normalmente reforça a moeda.

Decisões sobre taxas de juro

Os bancos centrais fixam as taxas de juro com base no estado da economia. Podem fazê-lo:

  • Apertar (aumentar as taxas) para arrefecer a inflação ou uma economia em sobreaquecimento.
    Atrai capitais internacionais = moeda mais forte.
  • Afrouxar (redução das taxas) para estimular o crescimento durante períodos económicos fracos.
    Incentiva a contração de empréstimos e a realização de despesas =. pode enfraquecer a moeda.

Conferências de imprensa dos bancos centrais

Após as decisões sobre as taxas, os bancos centrais (como a Fed ou o BCE) dão conferências de imprensa para explicar as suas perspectivas.

Dois termos-chave a ter em conta:

  • Falcão = tom agressivo, insinua futuras subidas de taxas = Em alta para a moeda.
  • Dovish = tom cauteloso ou nervoso, sugere reduções de taxas ou preocupações económicas = Baixa para a moeda.

Considerações finais

Compreender estes indicadores fundamentais dá-lhe uma grande vantagem na negociação forex. Eles não movem o mercado de cada vez, mas a longo prazo, moldam toda a narrativa económica subjacente a cada moeda.

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